Friday, September 28, 2007

Boletim Eletrônico DEMU/IPHAN

Olá Companheiros (as)!!

Segue anexado ao endereço abaixo o Boletim Eletrônico nº 169, produzido pelo Departamento de Museus e Centros Culturais - DEMU/IPHAN, do dia 20 de setembro.
Este Boletim tem a finalidade de apresentar informações e divulgar eventos de interesse do setor museológico em todo o país.

Aproveitem e leiam do início ao fim!!!

http://www.cofem.org.br/boletins/demu/demu_20_09_2007.pdf

ATENÇÃO: Caso não possua o programa que abra este arquivo, clique no ícone abaixo para download do ADOBE READER.Saudações Estudantis!

Os poetas e os museus

V. Museu da Inconfidência
Carlos Drummond de Andrade

São palavras no chão
E memórias nos autos.
As casas inda restam,
Os amores, mais não

E restam poucas roupas,
Sobrepeliz de pároco
E vara de um juiz,
Anjos, púrpuras, ecos

Macia flor de olvido,
Sem aroma governas
O tempo ingovernável.
Muitos pranteiam. Só.

Toda a história é remorso.


Museu
Cecília Meireles

Espadas frias, nítidas espadas,
Duras viseiras já sem perspectiva,
Cetro sem mãos, coroa já não viva de cabeças em sangue naufragadas;
Anéis de demorada narrativa,
Leques sem fala, trompas sem caçadas,
Pêndulos de horas não mais escutadas,
Espelhos de memória fugitiva;
Ouro e prata, turquesa e granadas,
Que é da presença passageira e esquiva
Das heranças dos poetas; malogradas:
A estrela, o passarinho, a sensitiva,
A água que nunca volta, as bem amadas
A saudade de Deus, vaga e inativa...?

O ramo de flores no museu
Cecília Meireles

Ó Cinérea Princesa, as vossas flores
Ficarão para sempre mais perfeitas,
Já que o tempo extinguiu brilho e cores

Já que o tempo extinguiu a habilidosa
Mão que levou, serenas e discretas,
A tulipa sucinta e ardente rosa.

Não há mais ilusão de outra presença
Que a do Amor que inspirou graças tão finas
Que ninguém viu e que ninguém mais pensa
Porque o homem e o mundo são de ruínas.
E este ramo de pétalas franzinas,
Leve, liberto da mortal sentença,
Tinha, ó Princesa, fábulas divinas
Em cada flor, sobre o nada suspensa.

Museu
Wislawa Szymborska

Há pratos, mas falta apetite.
Há alianças, mas falta reciprocidade
Pelo menos desde há 300 anos.
Há o leque – onde os rubores?
Há espadas – onde há ira
E o alaúde nem tange hora gris.
Por falta de eternidade juntaram
Dez mil coisas velhas.
Um guarda musgoso cochila docemente
Com os bigodes caindo sobre a vitrine.
Metais, barro, pluma de ave
Triunfam silenciosamente no tempo.
Apenas um alfinete de galhofeira do Egito
Ri zombeteiro.
A coroa deixou passar a cabeça.
A mão perdeu a luva.
A bota direita prevaleceu sobre a perna.
Quanto a mim, vivo, acreditem por favor.
Minha corrida com o vestido continua
E que resistência tem ele!
E como ele gostaria de sobreviver

Museu de tudo
João Cabral de Melo Neto

Este museu de tudo é museu
Como qualquer outro reunido;
Como museu, tanto pode ser
Caixão de lixo ou arquivo.
Assim, não chega ao vertebrado
Que deve entranhar qualquer livro:
É depósito do que aí está,
Se fez sem risca ou risco.


O mito em carne viva
João Cabral de Melo Neto

Em certo lugar de Castela,
Num dos mil museus que ela é,
Ouvi uma sevilhana,
A quem pouco dizia a Fé,
Ante uma crucificação
Comovida dizer
A emoção mais nua e crua
Corpo a corpo, imediata, ao pé,
Sem compunção fingida,
Sem perceber se quer
A névoa que a pintura
Põe entre o que é e o que é:
Lo que é no habrá sufr’io e´ta mujé!

Era a expressão em carne viva,
E porque viva mais ativa:
Nua, sem os rituais ou as cortinas
Que a linguagem traz por mais fina.
A crucificação para ela
Não era o que o pintor num tempo:
Para ela como um cinema
Narrando um acontecimento
Era como a televisão
Dando-o a viver no momento.

No museu da memória
João Cabral de Melo Neto

No museu da memória guardo de Munique
Os carrilhões da praça, a festa da cerveja.
Guardo a galeria de retrato das amantes

De Frederico, o Grande, e as telas do monge
Zurbarán. No museu da memória reservei
Um espaço para a pequena Gräfelfing. Mas,
No centro desse nada que são as lembranças,
Guardo os doces olhos de Radha, mais que os
Castelos da Baviera, mais que Boris Gudonov.

XVI Congresso Nacional de Museus: inscrições abertas para participantes, comunicações e posters

Comissão organizadora do XVI Congresso Nacional de Museus abre inscrições para participantes, apresentações de posters e comunicações.

XVI Congresso Nacional de Museus
Museus, Memória e Movimentos Sociais.
4 a 7 de Dezembro de 2007 – PE


Os museus são poderosas ferramentas na construção da memória social e na consolidação das identidades. Ao longo das últimas décadas o pensamento museológico tem priorizado um maior diálogo com as comunidades e com a sociedade em geral, fortalecendo sua atuação no desenvolvimento social e na valorização da diversidade cultural.
A sociedade, sobretudo através de diversas organizações e movimentos sociais, vêm se apropriando dos museus e transformando-os em importantes instrumentos de luta.

O XVI Congresso Nacional de Museus promoverá a aproximação entre movimentos sociais e experiências e práticas museológicas possibilitando a troca de experiências entre profissionais e militantes democratizando a “ferramenta museu”.

OBJETIVO

Congregar instituições museológicas, profissionais de museus, sociedade civil e poder público, para debater temas relacionados aos museus, memória e aos movimentos sociais.


CHAMADA PARA INSCRIÇÃO DE COMUNICAÇÕES E PÔSTERS

PERÍODO DE INSCRIÇÕES PARA ENVIO DE RESUMOS:
15 de agosto a 15 de outubro

ORIENTAÇÕES:

1- Enviar resumo com título, breve introdução sobre o assunto, desenvolvimento teórico-metodológico, síntese dos resultados (parciais ou finais) e conclusões.

2- O espaço destinado ao resumo corresponde a 1800 caracteres ou a 300 palavras, na proporção máxima de um texto de 20 linhas em editor padrão (fonte Times New Roman, tamanho 10).

3- Informar nome, instituição de pertencimento, cidade e estado, endereço residencial telefone e e-mails.

4- Os trabalhos selecionados serão divulgados no site da Associação Brasileira de Museologia www.museologia.org.br a partir do dia 20 de outubro e os participantes que tiverem seus trabalhos aceitos deverão enviar o trabalho completo para publicação segundo as normas abaixo e se inscrever pagando a taxa de inscrição até o dia 05 de novembro, o que confirmará sua participação.

5- Enviar o resumo para o seguinte e-mail: congresso@museologia.org.br Este endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo

PERÍODO DE INSCRIÇÕES PARA ENVIO DE PÔSTER:
15 de agosto a 15 de outubro

ORIENTAÇÕES:
1- Enviar proposta de pôster com título, autores, tema e resumo para: congresso@museologia.org.br Este endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
Dimensões do pôster: 100 X 80 cm (vertical)
O formato, fontes e apresentação dos posters é livre, guardadas as dimensões acima estabelecidas, sendo recomendado o uso de imagens e fotos.

REGRAS PARA O ENVIO DAS COMUNICAÇÕES

Após a avaliação, todos os autores, os quais tiverem os seus trabalhos aceitos para publicação, deverão realizar os seguintes procedimentos:

PRAZO PARA ENTREGA DOS TRABALHOS ACEITOS PARA PUBLICAÇÃO:
05 de novembro de 2007

Orientações:
1- Nome completo do autor e co-autores
2- Anexar ao e-mail a comunicação completa em Word.


Formatação dos trabalhos:
1- Máximo de 20 páginas (contando folha de rosto e referências bibliográficas)
2- Salvar em arquivo Word (Doc)
3- Tamanho de folha A4
4- Times New Roman tamanho 12
5- Espaçamento 1,5
6- Títulos em tamanho 16, subtítulos em 14
7- Destaques em negrito
8- Imagens unicamente em JPG
9- Notas de rodapé unicamente para trazer esclarecimentos e acréscimos de informação.

Enviar o trabalho completo para o seguinte e-mail: congresso@museologia.org.br Este endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
CONTATO

INSCRIÇÃO

Profissionais - R$ 50,00 (Cinqüenta reais)
Estudantes e Associados - R$ 25,00 (Vinte reais)
Estudantes Associados - entrada gratuita

Preencher a ficha de inscrição (link abaixo):
http://www.museologia.org.br/xvicongresso/ficha_xvi_cnm.doc

Para efetuar sua inscrição o valor da taxa de ser pago em depósito bancário e o comprovante deve ser enviado por Fax para:
(21) 2215-0359 (Associação Brasileira de Museologia).
Este comprovante deve conter o nome completo do inscrito.
Dados bancários:
Banco: HSBC
Agência: 0424
Conta Corrente: 27576-88
Titular: Associação Brasileira de Museologia
CNPJ: 42.586.982/0001-95

Informações:
Para mais informações recorra ao portal da ABM - Associação Brasileira de Museologia
no endereço: www.museologia.org.br ou no e-mail: congresso@museologia.org.br Este endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
ou pelo telefone: 21 2215 0359 (após as 13:00 h).

O que é o REUNI?

Federais (Decreto Nº 6.096 de 24 de abril de 2007)


UMA DISCUSSÃO NECESSÁRIA!
O Ministério da Educação e o Presidente Lula lançaram o PDE, Plano de Desenvolvimento da Educação. Composto por diferentes medidas para todos os níveis de educação, para a universidade ele traz um Decreto chamado Programa de Apoio a Reestruturação e Expansão das Universidade Federais (REUNI).

O QUE DIZ O DECRETO?

O texto apresenta um simpático objetivo de dobrar as vagas do ensino superior brasileiro.

Define uma ampliação de 100% do número de alunos, todavia com uma ampliação dos docentes e técnicos de aproximadamente 15%. De cara, já nos perguntamos sobre que universidade está prevista...

O Decreto traz um chamariz de ampliação de 20% das verbas no Orçamento para a adesão voluntária de Instituições Federais de Ensino Superior Federal ao programa.

O método é simples: a universidade que apresentar um projeto de reestruturação dentro das especificações exigidas receberá verba suplementar.

O objetivo, como explica o Artigo 1º do REUNI, é “criar as condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior, no nível de graduação, pelo melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos nas universidades”.

Mas é o Artigo 2º que deixa claro que se trata de “revisão da estrutura acadêmica” com “a reorganização dos cursos de graduação”, segundo o seguinte critério:

“Diversificação das modalidades de graduação, preferencialmente não voltadas para à profissionalização precoce e especializada;”

O que quer dizer “profissionalização precoce”? É a justificativa para a introdução dos “cursos básicos”, o “bacharelado interdisciplinar”.

É, na prática, uma condenação absurda dos jovens que buscam um diploma profissional para ingressar no mercado de trabalho pela porta de frente, como deveria ser!

Na verdade, esta “reestruturação curricular” das universidades é a abertura para a aplicação em todo Brasil do projeto Universidade Nova, inaugurado pelo Reitor da UFBA, em sintonia com o chamado Processo de Bolonha.

REESTRUTURAÇÃO, NOVAS ARQUITETURAS ACADÊMICAS... OS “PROCESSOS DE BOLONHA” NO BRASIL

O centro do Decreto do REUNI é empurrar para a reestruturação dos currículos segundo a lógica generalistas dos bacharelados interdisciplinares “não voltados para à profissionalização precoce”.

É a porta aberta para implantação da orientação do Processo de Bolonha: a desregulamentação dos currículos com a quebra geral dos diplomas (diplomas sem profissão), passando por um arrocho sobre os docentes e servidores (formadores de diploma sem profissão).

O Processo de Bolonha teve início num encontro na cidade de Bolonha (Itália) dos ministros de Educação dos países da União Européia. De lá, saíram diretrizes que tomaram o nome de Processo de Bolonha, e que passaram a ser implantadas em todos os países aderentes da UE, combinando:

a) a introdução de “colégios universitários” com cursos básicos de onde o estudante sai formado em literalmente nada;

b) o retardamento da formação profissional, principal objetivo para maioria dos estudantes, para períodos posteriores à graduação;

c) a ampliação drástica do número de alunos por turma na relação dos professores

d) a divisão entre a formação básica (em nada!), a especialização (graduação efetiva) e a pós-graduação (pesquisa), ampliando a demora para o estudante obter seu diploma.

AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA E SOBERANIA NACIONAL

O Processo de Bolonha busca adequar a Universidade às necessidades da desregulamentação geral da economia na globalização.

Com a criação das “áreas de livre-comércio” querem destruir os diplomas nacionais. Eles são um aspecto da soberania nacional que os capitalistas querem desmontar. Afinal, a regulamentação profissional é a uma conquista inscrita em lei pelos trabalhadores.

E na América Latina, a Autonomia Universitária é uma forma da luta por uma Universidade comprometida com a Soberania Nacional. Que entra em choque com a “globalização” e dos tratados de livre-comércio, como Alca ou Mercosul.

Nosso compromisso é com os estudantes, os trabalhadores e a soberania nacional, e não com os interesses do “mercado” e da globalização!

COMPLEMENTANDO O PL 7200/06

No Brasil, o REUNI, então, permitiria a flexibilização curricular. Ela aparecera na primeira versão do projeto de Reforma Universitária do governo federal, mas a resistência do movimento estudantil e docente obrigou o governo a manobrar.

O governo se concentrou na questão do financiamento no Projeto de Lei 7200/06 (4ª versão da reforma universitária que atualmente tramita no Congresso Nacional), introduzindo um método de distribuição de verbas pelo ranqueamento das IFES segundo de critérios de “produtividade”.

Agora, a flexibilização voltou com o REUNI. Assim, se aprovado o PL 7200/06, as IFES sub-ranqueadas na distribuição de verbas seriam mais facilmente seduzidas pela adesão ao REUNI, a condição de “reestruturarem-se” para formar os diplomados em nada. Seria uma piora geral nas universidades federais.

O EXEMPLO DA UNIABC

No Brasil, podemos antecipar o significado dos ciclos básicos na Universidade Federal do ABC (SP) criada no governo Lula. Sua estrutura curricular já obedece parcialmente esse modelo. As turmas tem aulas com mais de 125 estudantes por professor!

É a universidade com salas superlotadas, sem pesquisa nem extensão universitária. É o caminho para a ruptura com um princípio inscrito na Constituição como Autonomia Universitária: “a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão” (Artigo 207 da Constituição Federal).

A ISCA DA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

Dentro deste decreto está um item prevendo a ampliação da Assistência Estudantil. Mas sem especificar o valor nem a origem dos recursos!

Sem responder com uma ampliação de verbas, são palavras ao vento, mais parece o tempero para um prato envenenado.

ORGANIZAR NAS UNIVERSIDADES A LUTA

Uma distinção do REUNI é o seu modo de implantação. Diferente do PL 7200/06 que se aprovado no Congresso Nacional seria colocado em vigor em todas as universidades federais, o REUNI é um programa de adesão voluntária das universidades após decisão dos Conselhos Universitários.

Então, desde já, trata-se de colocar em todos os espaços do movimento estudantil a necessidade de em cada universidade abrir a discussão.

Aqui fazemos um alerta geral sobre o que significa a “adesão” ao REUNI. Queremos envolver na discussão toda a representação discente nos Conselhos Universitários e dialogar com os docentes e servidores.

Se a proposta de “adesão” aparecer é preciso organizar a resistência, a luta para barrá-la desde o 1º momento!

Por isso, o Diretório Acadêmico de Museologia está na luta com os demais DAs e Cas da UFBa para barrar o decreto!
E, mais do que nunca, a mobilização dos estudantes de Museologia será fundamental!
Vamos todos lutar contra a não adesão e contra o REUNI!

Saudações estudantis!


Tuesday, September 25, 2007



Olá Companheiros (as)!

Nesta Sexta-feira, dia 29/09, ás 13:30, na Sala de Convivência/Casarão/São Lázaro, estará acontecendo a 3ª Edição do CineMuseo. Esta semana será exibido o filme nacional "Batismo de Sangue", filme de Helvécio Ratton, baseado no livro de Frei Betto.

SINOPSE:


No fim dos anos 60, um convento de frades torna-se um local de resistência contra a ditadura militar. Os freis Tito (Caio Blat), Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão) e Ivo (Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas). Por isso, ficam na mira das autoridades policiais.

Elenco:
Caio Blat, Daniel de Oliveira, Cássio Gabus Mendes, Ângelo Antônio, Léo Quintão, Odilon Esteves, Marcélia Cartaxo, Marku Ribas.
Direção:
Helvécio Ratton
Mais informações em: http://www.batismodesangue.com.br/

O Diretório Acadêmico aguarda a presença de todos vocês!!!

Voltando a atividade!




Olá Companheiros (as)!!

Depois de algum tempo inativo, exatos 4 meses (ufa!), por problemas técnicos, o blog do Diretório Acadêmico de Museologia [ Gestão por um D.A verdadeiro! ] estará voltando a atividade, e agora com todo GÁS!!!
Está aberto mais um canal de informações para todos aqueles que querem, e precisam, se manter informados sobre o dia-a-dia Museológico!
Sejam, mais uma vez, bem-vindos!
O D.A de Museologia CONTINUA de portas abertas a toda comunidade estudantil!

Saudações Estudantis!